A perspetiva de greve numa fábrica de gás natural liquefeito na Austrália provocou uma subida dos preços do contrato de referência na Europa
A fábrica, operada pela energética australiana Woodside, ameaça paralisar a partir do dia 2 de setembro se os sindicatos e a empresa não chegarem a acordo até lá.
A perspetiva de uma greve fez com que os preços do contrato de futuros TTF holandês, o contrato de referência para a Europa, subissem. Os investidores temem que, na ausência do gás natural destas fábricas, haja mais concorrência pela produção já em circulação, o que fará subir os preços. Isto, recorda a Bloomberg, apesar do continente europeu raramente receber gás natural da Austrália. As reservas europeias, por sua vez, estão em alta para o inverno que aí vem, altura de maior consumo, o que à partida mitigaria um eventual nervosismo no Velho Continente.
Analistas do banco ING, citados pela agência, dizem que esses fatores farão com que estas subidas sejam eventualmente corrigidas no futuro. Apenas várias paralisações na Austrália - e estas por um período de tempo prolongado - fariam com que se produzisse uma mudança estrutural no mercado de gás europeu.
A suspensão das importações de gás russo fez com que a Europa passasse a estar totalmente dependente de compras externas, com maior insegurança nos fornecimentos. O que originou subidas muito substanciais dos preços no último ano e meio.
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